BANHADOS ATERRADOS
Na última
grande ‘enxurrada’, a parte mais baixa de nosso bairro foi inundada. Desde
então, a prefeitura vem executando obras de drenagem para prevenir futuras
inundações, dando vasão às águas subterrâneas que se avolumam com as grandes
chuvaradas que são cada vez mais frequentes. Mas a causa destes fenômenos
encontra-se numa prática frequente em nossas cidades e no interior: o ATERRO DE
BANHADOS. Amostras desta prática puderam ser vistas na construção dos dois
principais acessos à cidade: o da BR282 e o acesso ao Goio En. Se fizéssemos um
levantamento dos riachos e banhados aterrados na cidade/bairros de Chapecó
ficaríamos espantados com a quantidade encontrada. E a maioria das pessoas não
se dá conta disso. Muitos até acham normal e necessário ao progresso. As
consequências, como inundações, excesso de calor, afundamentos ruas e calçadas
devido ao fluxo de água reprimida acabam sendo vistos como acidentes naturais.
E “nossos” legisladores insistiram em votar um Código Florestal com diminutas
matas ciliares que nem sequer são exigidas e cobradas quando se trata de áreas
urbanas. Os rios e riachos acabam emparedados por muros de concreto, recebendo
esgotos e lixo de toda espécie. Como mudar esse panorama?
Banhados = fontes de muita vida
Os banhados ou
pântanos são elementos essenciais a um meio ambiente saudável e sustentável.
Além de serem nascentes de rios e riachos, conservam uma infinidade de tipos de
vida ou biodiversidade necessária aquele ecossistema. Ao aterrá-los, estamos
eliminando elementos essências ao equilíbrio do ecossistema em que habitamos.
Estamos mudando o clima e causando desequilíbrio entre as espécies de vida da
flora e fauna. Um exemplo simples, mas importante, é o extermínio de sapos e
rãs responsáveis pela diminuição de insetos ‘nocivos’. Sempre que eliminarmos
banhados, riachos ou outro elemento importante de um ecossistema, estamos
produzindo consequências negativas para o futuro do mesmo. E alguém pagará
pelos erros e equívocos cometidos, assim como Chapecó toda está pagando pelos
erros dos seus administradores e habitantes de um passado remoto ou recente. E
nós, vamos colaborar para que os futuros habitantes da nosso terra tenham que
enfrentar situações mais difíceis que as atuais? O que podemos fazer para não
cair nos mesmos erros?
O “fim” da 2ª guerra mundial
Na semana que
passou, a Europa, EUA e Brasil comemoraram os 70 anos do fim da 2ª guerra
mundial. Mas a mesma só chegou ao seu término em agosto de 1945, após o
lançamento de duas bombas atômicas dos EUA sobre o Japão. Se o encerramento da
guerra significou um alívio para a maioria da humanidade, suas consequências
significam um pesadelo enorme para todo o gênero humano e para o planeta Terra
como um todo. Além do número de mortes ser um atestado da burrice e selvageria
humana (foram mais de 60 milhões de mortos, sendo 23 milhões de soldados e 38
milhões de civis!), é preciso acrescentar a destruição de cidades, campos,
obras de arte, armas, aviões, tanques, navios, submarinos, etc. etc. Ou seja, o
resultado de centenas de anos de trabalho da humanidade se tornou ruína em 6
anos de imbecilidade. E os aleijados, mutilados, enfermos psíquicos,
espirituais e físicos deixados como um peso enorme para os sobreviventes e seus
descendentes?! Não, a guerra não acabou e suas consequências continuam entre
nós! Quantas guerras estão em curso na humanidade hoje? E quantas feridas da
grande guerra ainda não sararam? E o mais importante: O que a humanidade
aprendeu, de fato, desta guerra?
Nenhum comentário:
Postar um comentário