terça-feira, 12 de maio de 2015

O CAPITAL ACIMA DE TUDO

O CAPITAL ACIMA DE TUDO

O sistema capitalista se caracteriza pela PREDOMINÂNCIA do Capital sobre o Trabalho. Ou seja, o importante é garantir a sobrevivência e reprodução do Capital. O trabalho só é importante em função do Capital. Por isso, sempre que o capital entra em crise, o primeiro sacrificado é o trabalhador. O próprio Estado entra no jogo para salvar o Capital. Foi o que vimos ao longo da atual crise do Capital iniciada em 2008. O Governo entrou em campo baixando ou tirando impostos para que as montadoras, as fábricas de eletro-eletrônicos e de materiais de construção continuassem reproduzindo seu capital. E, para o Mercado Financeiro, o Estado aumentou os juros, garantindo os lucros do mesmo. A explicação dada sempre foi a de que o governo queria garantir o emprego e a renda do trabalhador e não permitir a alta da inflação. Mas agora, a crise estourou de vez. Então, o que aconteceu? Os trabalhadores tem que pagar a conta da crise, com aumento dos preços, dos juros e do desemprego. E não são só os assalariados que pagam pela crise: as empresas pequenas e médias, os pequenos comerciantes também entram com sua cota de sacrifício e sofrimento: muitas têm que fechar suas portas ou são engolidas pelas empresas maiores. As grandes ficam ainda maiores e a concorrência diminui em todos os setores da economia: menos marcas, menos bancos, menos oportunidades. Um dos poucos ramos que cresce é o das farmácias. Mas a maioria delas pertence a algumas Redes que dominam o setor. Mas as consequências continuam ...

O trabalho terceirizado

Para driblar a crise e diminuir o custo da produção, o Capital inventou a TERCEIRIZAÇÃO. Neste processo, ele terceiriza grande parte da produção do que vende a empresas menores que fornecem às grandes a maioria dos componentes que usam em sua produção. Essas empresas menores são, em geral, menos equipadas, mais precárias e não garantem os direitos dos trabalhadores. Muitas entram no mercado sem ter Capital e vivem/crescem à custa do trabalho dos terceirizados. As empresas maiores que se beneficiam do trabalho terceirizado não assumem a responsabilidade sobre as terceirizadas e, muito menos, sobre os trabalhadores que nelas trabalham. Com isso, o trabalho, que já era Segundo em relação ao Capital, passa a ser Terceiro: ou seja, o trabalho tem que sustentar e dar lucro ao Capital das Grandes Empresas e ao Capital das terceirizadoras. Resultado: sobra menos salário e menos condições dignas de trabalho para os/as terceirizados/as. Na prática, é isso que a Câmara dos Deputados acabou de aprovar como AGRADECIMENTO aos votos recebidos dos/as trabalhadores/as nas últimas eleições. Que representantes do povo trabalhador, não?!

O Dia das Mães: presentes ou presença?

O próximo domingo marca mais uma data comercial: o presente para as mães. O comércio vive dessas datas, especialmente em tempos de crise. Sinto muito pelos comerciantes, os quais também são vítimas do mesmo sistema, mas seria tão bom que não precisássemos pensar em presentes, mas em PRESENÇA! Que todos/as os/as filhos/as possam MARCAR PRESENÇA junto às suas mães, estejam elas vivas ou falecidas, mesmo que não possam dar presentes! Toda a mãe merece gratidão, compreensão, carinho. Para tanto, faça-se presente!



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