sábado, 7 de março de 2015

ESTADO ISLÂMICO E TERRORISMO



FALA  ESPLANADA   Jandir Santin
ESTADO ISLÂMICO E TERRORISMO
Os noticiários televisivos enchem de horror a cabeça e o coração de milhões de espectadores no Brasil e em todo o mundo com notícias sobre degolamentos praticados pelo Estado Islâmico de cidadãos de países europeus, africanos e asiáticos. É claro que todos/as ficamos chocados/as com esse tipo de assassinato de pessoas que não têm chances de se defender! Por outro lado, sabemos que o objetivo dessa insistência sobre assassinatos cometidos pelo Estado Islâmico é bem evidente: identificá-lo como terrorista, como inimigo da humanidade para poder atacá-lo com toda sorte de armamentos e em qualquer território do mundo. Antes dele, os ataques dos países imperialistas mundiais, como EUA, Inglaterra e França, foram contra Saddan Hussein e o Iraque, contra Bin Laden, os Talibãs e o Afeganistão, depois contra a Líbia e a Síria. Isso, sem contar os ataques verbais e ameaças contra a Coréia do Norte e o Irã.
Todos esses ataques e guerras que aniquílaram quatro países, mataram milhares de pessoas inocentes, destruíram inúmeras e preciosas obras de arte da humanidade e os transformaram em campos de guerra civil, território de ninguém, entregues a grupos armados pelas potências do ocidente, lugares de insegurança, de mortes violentas todos os dias do ano. Tudo isso não é terrorismo?! É a forma de impor a democracia norteamericana e ‘sua paz’ armada até os dentes! E daí, quem é mais terrorista: o império ou o estado islâmico?

A GUERRA DA MÍDIA

Além de possuir todos os meios para travar guerras em diversos países ao mesmo tempo, os EUA e seus aliados europeus, judeus e árabes, os países poderosos têm o domínio da mídia mundial: é a guerra das notícias: são eles que informam o mundo a respeito do que acontece em todo o planeta. E informam do seu jeito. Os talibãs, o estado islâmico não tem rádios, jornais e tevês poderosos para contar ao mundo como é sua realidade, como é ser atacado continuamente por poderosos armamentos de alta tecnologia, ver os drones norteamericanos destruírem estradas, pontes, refinarias, escolas, acampamentos, quartéis, etc. etc. Por isso, além de perderem a guerra que lhes foi imposta pelas potências ocidentais, perdem também a guerra das idéias, das notícias, da interpretação da realidade. E o pior é que a maioria da população mundial acredita que a realidade é do jeito que os noticiários a transmitem! Por que o Snowden vive refugiado e perseguido de morte depois de ter revelado um pouco do que os EUA fizeram no Iraque e no Afeganistão?! Imaginem se soubéssemos de tudo o que esses países poderosos já cometeram de horrores pelo mundo afora!...

COMO DEFENDER-SE?

Todos sabemos que os mais fortes têm sempre as melhores condições para ganhar em todos os campos em que acontece a concorrência, a disputa e a própria guerra. Aos pequenos e fracos sobram algumas chances através da esperteza, da sorte ou da guerrilha. As vitórias destes são sempre pequenas e quase insignificantes. Além disso, quem conta ao mundo a história dessas lutas, vitórias e derrotas, são sempre os vencedores, os que têm o domínio da comunicação. O que sobra aos mais fracos, aos vencidos ou candidatos a vencidos é recorrer a meios mais pobres e pintar com tintas mais fortes os possíveis perigos que os poderosos vão enfrentar. Creio que as degolas cometidas pelo Estado Islâmico vão nesta linha: “não podemos atacar o presidente Obama, ou o Hollande da França, ou o 1º ministro da Inglaterra, nem seus exércitos. Quem sabe, os intimidamos com a degola!” É evidente que se trata de crime, de atos horríveis para a humanidade! E se nós estivéssemos na pele deles, com seus países destruídos e ocupados pelos exércitos dos poderosos, sem chances de livrar-se deles e de informar ao mundo o que acontece com seu território, sua cultura, sua vida, o que faríamos?

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